Fico me perguntado se somos seres humanos, ditos racionais, donos de pensamentos, de criatividades, de nossas vidas? Se sabemos realmente o que é bom e o que é ruim?
O direito para dirimir conflitos, apaziguar, acalmar, conciliar ou na verdade existe porque os seres humanos não são capazes de dirimir conflitos por si só, sem intermédio de uma lei maior e impositiva que o obriga a viver com civilidade.
Hoje ao passar pela rua, do lado de uma escola, presenciei dois rapazes rolando no chão como dois cães, que os carros tinham até que desviar pra não atropela-los. Ambos vestiam camisetas do Goiás Esporte Clube, na verdade nem sei se a briga era em função do time, mas estavam vestidos com essas camisetas e os demais alunos fazendo aquela rodinha de aluno alienado que param suas vidas pra ver uma cena digna de pena como aquela.
Na verdade tentei ligar pra polícia, mas o telefone dava só ocupado e eu nunca tinha visto isso acontecer com o 190, talvez fosse até o meu celular que estivesse com problema, mas quando passei de volta tudo já tinha acabado.
Mas de todo esse relato o que de fato me chama atenção é a alienação, a falta de perspectiva de um jovem que se dispõe a rolar no chão com outro seja pelo motivo que for, talvez pelo time que perdeu, a namorada que o trocou ou talvez por nada, só pelo simples motivo de extravasar, de demonstrar para os colegas de aula que ele é macho, porque na “cabecinha” desse tipo de jovem passa isso.
Nossa juventude perde os dias e as noites e as belezas da vida, com poucas coisas, com coisas medíocres, que não às levam a lugar algum. Não vêem que a educação é o que diferencia as pessoas, é o que as valoriza, o que as faz melhor interiormente, melhores como pessoas, como seres intelectualmente desenvolvidos.
Nossa juventude não vê que as substâncias entorpecentes, que os fazem ficar doidão e curtir a noite, a balada, são as mesmas que cobram caro por essa curtição, que cobram com a vida, e não só de quem curte, mas de quem não curte. Cobra de quem sofre com a curtição dos jovens, cobra da família.
Pois é, se somos realmente seres desenvolvidos e racionais porque não pensar, entender e perceber que a droga patrocina a violência, que violência não adianta nada.
Adentrei nessa questão das drogas porque veio a minha cabeça e a muito queria expressar o que realmente penso a respeito, agora voltando ao assunto da briga de rua, sinceramente isso me amedronta, porque por mais que eu diga e ensina a meu filho que isso é feio, que não é legal, existem também pais alienados que não vivenciam a vida se seus filhos e não ensinam a eles que isso não é legal.
Enfim, chego a conclusão de que nos resta rezar e pedir a Deus uma luz na cabeça dessa “galera”, porque se continuar assim estamos todos perdidos.
Daiane Alves de Sá Ataides
Advogada
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