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"Sou o que sou porque vivo da minha maneira... Você procurando respostas olhando pro espaço, e eu tão ocupado vivendo... Eu não me pergunto, Eu faço!" Raul Seixas

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Palco da Vida

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.

Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer "eu te amo". É ter humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo!
 
Fernando Pessoa

sábado, 14 de maio de 2011

Trecho do Livro: "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes"

Leve seus filhos a encontrar os grandes motivos para serem felizes nas pequenas coisas.
Uma pessoa emocionalmente superficial precisa de grandes eventos para ter prazer.
Uma pessoa profunda encontra prazer nas coisas ocultas.
Uma pessoa profunda sente prazer nos fenômenos aparentemente imperceptíveis:
no movimento das nuvens,
no bailar das borboletas,
no abraço de um amigo,
no beijo de quem ama,
num olhar de cumplicidade,
no sorriso solidário de um desconhecido.
Felicidade não é obra do acaso.
Felicidade é um treinamento.
Treine suas crianças para serem excelentes observadoras.
Saia pelos campos ou pelos jardins, faça-as acompanhar o desabrochar de uma flor e descubra, juntamente com elas, o belo invisível.
Sinta com seus olhos as coisas lindas que estão ao seu redor.
Leve os jovens a enxergar os singelos momentos, a força que surge nas perdas, a segurança que brota do caos, a grandeza que emana dos pequenos gestos.
As crianças serão felizes se aprenderem a contemplar o belo nos momentos de glória e de fracassos, nas flores das primaveras e nas folhas secas
do inverno.
Eis o grande desafio da educação da emoção!
Para muitos, a felicidade é loucura dos psicólogos, delírio dos filósofos, alucinação dos poetas.
Eles não entenderam que os segredos da felicidade se escondem nas coisas simples e anônimas, tão distantes e tão próximas deles.

Augusto Cury

domingo, 8 de maio de 2011

A procuradora e a Empregada

Era uma noite de segunda-feira. Há um mês, a procuradora do Trabalho Ana Luiza Fabero fechou um ônibus, entrou na contramão numa rua de Ipanema, no Rio de Janeiro, atropelou e imprensou numa árvore a empregada doméstica Lucimar Andrade Ribeiro, de 27 anos. Não socorreu a vítima, não soprou no bafômetro. Apesar da clara embriaguez, não foi indiciada nem multada. Riu para as câmeras. Ilesa, ela está em licença médica. A empregada, com costelas quebradas e dentes afundados, voltou a fazer faxina.
Na hora do atropelamento, Ana Luiza tinha uma garrafa de vinho dentro da bolsa. Em vez de sair do carro, acelerava cada vez mais, imprensando Lucimar. Uma testemunha precisou abrir o carro para que Ana Luiza saísse, trôpega, como mostrou o vídeo de um cinegrafista amador.
Rindo, Ana Luiza disse, para justificar a barbeiragem: “Tenho 10 graus de miopia, não enxergo nada”. E, sem noção, tentou tirar os óculos do rosto de um rapaz. A doutora fez caras e bocas na delegacia do Leblon. Fez ginástica também, curvando e erguendo a coluna. Dali, saiu livre e cambaleante para sua casa, usando um privilégio previsto em lei: um procurador não pode ser indiciado em inquérito policial. Não precisa depor. Não pode ser preso em flagrante delito. Não tem de pagar fiança. A mesma lei exige, porém, de procuradores um “comportamento exemplar” na vida. Se Ana Luiza dirigia bêbada, precisa ser afastada. Se estava sóbria, também, pela falta de decoro.
Foi aberta uma investigação disciplinar e penal contra ela em Brasília, no Ministério Público Federal. Levará cerca de 120 dias. Enquanto seus colegas juízes a julgam, Ana Luiza Fabero está em “férias premiadas” no verão carioca. Ela não respondeu a vários e-mails e a assessoria de imprensa da Procuradoria informou que o procurador-chefe não falaria nada sobre o assunto porque “o processo está em Brasília”.
Lucimar está traumatizada, com medo de se expor, porque a atropeladora tem poder. Não procurou um advogado. Nasceu na Paraíba e acha que nunca vai ganhar uma ação contra uma procuradora do Trabalho. Lucimar recebe R$ 700 por mês, trabalha em casa de família, tem um filho de 6 anos e é casada com Aurélio Ferreira dos Santos, porteiro, de 28 anos. Aurélio me contou como Lucimar vive desde 10 de janeiro, quando foi atropelada na calçada ao sair do trabalho: “Minha mulher anda na rua completamente assustada e traumatizada. Estou tentando ver um psicólogo, porque ela não dorme direito, acorda toda hora com dor. É difícil até para ela comer, porque os dentes entraram, a boca afundou. Estamos pagando tudo do nosso bolso, particular mesmo, porque no hospital público tem muita fila”.
A atropelada, traumatizada, nem procurou advogado. Acha que nunca ganharia uma ação contra a doutora
Lucimar quebrou duas costelas, o joelho ficou bastante machucado, o rosto ficou “todo deformado e inchado”, segundo o marido. Ela tirou uma licença médica de dez dias, mas foi insuficiente. Recomeçou a trabalhar há duas semanas, ainda com muitas dores.
O encontro entre a procuradora e a empregada é uma fábula de nossa sociedade desigual. A história sumiu logo da imprensa. As enchentes de janeiro na serra fluminense fizeram submergir esse caso particular e escabroso. Um mês seria tempo suficiente para Ana Luiza Fabero ao menos telefonar para a moça que atropelou, desculpando-se e oferecendo ajuda. Nada. Além de falta de juízo, ela demonstrou frieza e egoísmo. Vive na certeza da impunidade.
“Somos um país de senhoritos, não carregamos nem mala”, diz o antropólogo Roberto DaMatta, autor do livro Fé em Deus e pé na tábua. DaMatta associa a violência no trânsito brasileiro a nossa desigualdade. Usamos o carro como instrumento de poder e dominação social, um símbolo do “sabe com quem você está falando?”.
“Dirigir um carro é na verdade uma concessão especial, porque a rua é do pedestre”, diz DaMatta. Mas nós desrespeitamos o espaço público. “No caso da procuradora e da empregada, juntamos uma pessoa anônima com uma impunível”, afirma. O Estado é usado para fortalecer o personalismo, a leniência e para isentar as pessoas de responsabilidade física. Em sociedades como a nossa, onde uns poucos têm muitos direitos e a grande massa muitos deveres, Lucimar nem sabe que pode e deve lutar.
Fonte: Revista Época

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO SE APRENDE NO BERÇO



No Brasil o crime de DESACATO está previsto no ARTIGO 331 DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, e na íntegra é segue: “Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa”.
Até aí tudo bem, se analisarmos que a Administração Pública funciona lentamente, burocraticamente, provavelmente na sua razão e que o usuário do serviço público, se indigna às vezes e perde a paciência “desacatando” – isso no entendimento de alguns servidores – de forma grosseira um servidor público. Essa é a análise do Servidor Público. O FUNCIONÁRIO PÚBLICO NÃO PODER SER DESACATADO. PLAUSÍVEL
E EU PERGUNTO: O USUÁRIO DO SERVIÇO PÚBLICO PODE? ONDE ESTÁ A LEI QUE O PROTEGE?
Esse artigo partiu de um fato verídico que ocorreu no município de Goianira, no dia 12/08/2010 por volta das 10h00min horas, onde Senhora Secretária que assessorava o prefeito nesse dia, dentro da Secretaria da Educação, ao ser questionado sobre as ordens de atendimento, agiu de forma agressiva e disse que estava sendo desacatada e que chamaria a polícia, a diferença é que dessa vez, ela falou para uma advogada e não para o povo que sofre e se coage com esse tipo de ameaça.
FICA O QUESTIONAMENTO DE QUE, SE ELA AGE DESSA FORMA COM UM ADVOGADO, QUE É UMA PEÇA ESSENCIAL PARA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA E INSTRUMENTO BÁSICO PARA ASSEGURAR A DEFESA DOS INTERESSES DAS PARTES EM JUÍZO, COMO ELA DEVE AGIR COM O POVO, QUE CHEGA SEM O MENOR AMPARO E RESPALDO SOCIAL, NECESSITADO DAS MIGALHAS QUE O PODER PÚBLICO LHE OEFERECE, QUANDO OFERECE.
O que indigna qualquer SER HUMANO, CIDADÃO, PAGADOR DE IMPOSTOS, POVO QUE SOFRE COM MAZELAS SOCIAIS, não é fato de não conseguir o que foi buscar, mas sim o fato de pequenas coisas, como um simples ato que desagrade ALGUNS servidores públicos de Goianira, caber desacato e eles mais do que depressa chamarem a polícia, talvez como forma de coação, para que se CALE A BOCA E OBEDEÇA, mais ou menos como era na época da ditadura, e acredito que esse tipo de situação, para infelicidade geral da nação, não deve ocorrer somente nesse município.
No intuito de saber, do que estamos falando, a definição de Administração Pública, “em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas” (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. Cit., 21 ed. atualizada por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero e José Emmanuel Burle Filho. Malheiros, 1996).
Os conceitos teóricos são perfeitos, simplesmente dignos de orgulho de uma nação, pena que muitas vezes isso ocorre só na teoria.
Quanto aos princípios da Administração Pública, norteados de belas e dignas intenções, existem aqueles constitucionais, ou seja, guardados por nossa Lei Maior, que são:
  • LEGALIDADE - "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”;
  • IMPESSOALIDADE (se traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficos. Nem favoritismo nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem interferir na atuação administrativa e muito menos interesses sectários, de facções ou grupos de qualquer espécie. O princípio em causa é senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia”;
  • MORALIDADE - "Entende-se por princípio da moralidade, a nosso ver, aquele que determina que os atos da Administração Pública devam estar inteiramente conformados aos padrões éticos dominantes na sociedade para a gestão dos bens e interesses públicos, sob pena de invalidade jurídica";
  • PUBLICIDADE - "Entende-se princípio da publicidade, assim, aquele que exige, nas formas admitidas em Direito, e dentro dos limites constitucionalmente estabelecidos, a obrigatória divulgação dos atos da Administração Pública, com o objetivo de permitir seu conhecimento e controle pelos órgãos estatais competentes e por toda a sociedade".
  • EFICIÊNCIA - "Dever de eficiência é o que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros".
Por si só, esses princípios delineiam com perfeição como a administração pública deveria de comportar, mas além desses que estão citados explicitamente na constituição, ainda tem muitos outros: Da supremacia dos interesses públicos, Da indisponibilidade dos interesses públicos, Da Licitação, Da Responsabilidade, Da Autotutela, Da finalidade, Da Razoabilidade, Da Proporcionalidade, e vários outros.
Enfim, é evidente que lei, princípio, existem, faltam ser colocados em prática, esse artigo cita apenas um caso, um momento, mas é sabido que todos os dias, alguns, digo ALGUNS, servidores públicos, desrespeitam e infringem os princípios norteadores do seu serviço e cabe a nós cidadãos, que pagamos impostos, dependemos do serviço público, que sobrevive pelos nossos impostos, não nos calar, exigir nossos direitos de acordo com a lei e impor que sejamos respeitados como cidadãos e como seres humanos, EMBORA TALVEZ TUDO ISSO ACONTEÇA PORQUE EXISTEM ALGUNS SERVIDORES QUE NÃO APRENDEREAM QUANDO ERAM CRIANCINHAS, HUMILDES, DELICADAS, SENSÍVEIS E VERDADEIRAS, O ADEQUADO SENTIDO E IMPORTÂNCIA DE EDUCAÇÃO.
Daiane Ataides – advogada